terça-feira, 10 de novembro de 2015

Justino Neto




 "Pai e Filho..."


Eu rabisquei num pedaço de papel de caderno o nome "Deus"
E pensei: Deus, quem é Deus? E por que escrevi? Fiquei horas imaginando o traço. Mas também, deixei o caderno e sai com meu pai.

Naquele dia à tardinha, meu pai saiu comigo, fomos à sorveteria.
Eu me lambuzei de chatinly, e chocolate.
Papai pegou o guardanapo, limpou minha boca e disse: filho toma mais cuidado está se melando todo.

Saímos da sorveteria caminhando a pé conversando sobre a escola, qual o brinquedo que eu mais gostava, enfim... uma montão de perguntas.

E quando o carro quase me atropelava ele me puxou pela mão e caiu junto comigo, chorei bastante por não ter mais a oportunidade de ver meu pai. Foi um susto!

Quando chegamos em casa meu pai com um semblante choroso abraçou-me e disse: filho se não fosse Deus! Estaríamos mortos agora, graças a Ele, estamos aqui olhando um pro outro, meu pai, beijou-me tanto.

E foi para o escritório resolver problemas de gente grande.

Quando olho pra porta do meu quarto, o "papel" lá outra vez, bem nos meus pés, aí juntei as peças, meu pai cuida de mim, como Deus me protege me ampara e me livra do laço do passarinheiro, aquele escrito se concluiu aqui.

E quem estava comigo na rua era Deus, claro na figura de meu pai me guiando pelos caminhos da vida.

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